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Artigo – Liberdade é pop

By prof. Hubert
24 de maio de 2024
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por Ricardo Viveiros

Não sou fã de música pop. Acompanho os movimentos e respeito seu sucesso. Compositores, intérpretes e admiradores, são quase sempre rotulados de “vazios”, sem engajamento sociopolítico. Um gênero alienado.

Não se pode desconsiderar esse movimento que envolve, além da música, outras manifestações. A Cultura Pop teve início nos anos 1950 em provocações nas artes plásticas, depois na música com o pop rock. Marcou presença, conquistou espaço e se mostrou capaz de instigar o debate de ideias. Determinou o soft power.

Depois de muitos prós e contras quanto ao show de Madonna no Rio de Janeiro em 4 de maio, reunindo em Copacabana cerca de um 1,6 milhão de pessoas, eis alguns pontos que, com distanciamento, merecem um olhar mais amplo. Sobre o pop, a Madonna e os aspectos sociopolíticos de interesse geral.

O espetáculo no Brasil não foi, como dito, o último da The Celebration Tour. A octogésima apresentação da lendária turnê aconteceu no México (em 26 de abril). Madonna se posicionou fora da imagem do pop. Enalteceu a revolucionária Frida Kahlo, tendo no palco a atriz Salma Hayek, protagonista do filme Frida (2002), de Julie Taymor.

Madonna nunca se enquadrou no estereótipo que persegue o pop. Há 37 anos (1987), na Itália, já se apresentava com um tema polêmico: Papa Don’t Preach (“Papai, não me dê sermão”, tradução livre). Letra que discutia a decisão quanto à gravidez: ter ou não ter o bebê. Na música, a opção foi deixar a criança nascer. Madonna, excomungada três vezes, é católica apostólica romana.

Música e ideologia sempre andaram juntas, desde o aparecimento dos primeiros instrumentos, flauta de osso, por volta de 60000 a.C., no antigo Egito. A música foi, ao longo da História, forma de expressão cultural e ferramenta de ação política de combate, resistência e mudanças. Ela age de maneira cognitiva no emocional. Samba, folk, rock, hip hop, reggae, punk e rap são provas disso.

O show de Madonna deixou algumas mensagens. A estética visual é determinante na composição do discurso sociopolítico.

As cores verde e amarelo, sequestradas pela seita bolsonarista, estiveram presentes na cantora Pablo Vittar e na própria Madonna. Quem sabe, doravante, os preconceituosos não tenham coragem de usar as cores temendo ser entendidos como apoiadores das preferências dessas artistas. O show resgatou o verde e amarelo de todos nós.

Madonna, por meio de grandes fotos no fundo do palco, lembrou importantes brasileiros que, por suas corajosas posições, sofrem ataques de radicais: Paulo Freire e Abdias Nascimento, além de nomes atuais como Marina Silva, Érika Hilton, Gilberto Gil e Renê Silva. Foi emocionante a lembrança das vítimas brasileiras da aids, doença não extinta que merece alerta: Sandra Bréa, Betinho, Cazuza, Renato Russo, Caio Fernando de Abreu e Wagner Bello.

Por fim, além da prova de que tecnologia e arte podem andar juntas, Madonna deu um show de energia – não só pela extenuante turnê internacional –, mas pelo próprio espetáculo nas areias da emblemática praia carioca. Sob calor médio de 30 graus e em torno de duas horas, desmistificou a onda de etarismo. A artista mostrou muita vitalidade aos 65 anos de idade e 40 de carreira.

Madonna veio, cantou e venceu preconceitos, encorajou liberdade e provocou reflexões. Fortaleceu identidade e memória coletiva.
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Ricardo Viveiros é membro da Academia Paulista de Educação. Jornalista, professor e escritor, é doutor em Educação, Arte e História da Cultura; autor, entre outros, de A vila que Descobriu o Brasil (Geração, 2014), Justiça seja feita (Sesi-SP, 2017) e Memórias de um tempo obscuro (Contexto, 2023).

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