Julia Contier Fares homenageia o avô, Luiz Contier, em 5 de julhos de 2013
Obrigada por tudo, vô.
Julia Contier Fares, por ocasião da missa de sétimo dia do falecimento de Luiz Contier, confrade e educador.
Luís Contier foi professor primário, diretor do Instituto de Educação Alberto Conte (1956), diretor do Departamento Municipal de Ensino (1970) e foi quem, pela primeira vez no Brasil, aplicou a experiência adquirida em curso realizado na França (1951) sobre as Classes Nouvelles. Além disso, foi sócio, tesoureiro e conselheiro da COLMEIA (Instituto a Serviço da Juventude), onde pode prestar inúmeros serviços à educação. Por vários anos foi professor de Língua e Teatro Francês da Escola de Arte Dramática de São Paulo, fundada e dirigida por Alfredo Mesquita, entre tantas outras atividades importantes.
Mas, para mim, ele foi muito mais do que uma referência na Educação. Ele foi meu avô e também meu pai, já que o meu faleceu quando eu tinha apenas 2 anos. E, que bom, que o vovô viveu até os 98 anos. Me compensou de todo o amor que poderia ter me faltado pela ausência do meu pai.
Esteve presente nos momentos mais importantes da minha vida. Recebeu os meus cartões de dia dos pais, brincou de escolinha comigo, me levou ao clube, para o sítio em Jundiaí, e embalou as minhas noites com histórias de noivas fantásticas.
Como é nítida a lembrança que eu tenho dele lendo o jornal em sua cadeira de balanço pela manhã, contando histórias de Paris, da importância da educação, da correspondência trocada com Piaget e dos seus tempos de redação de jornal.
No entanto, de todas as lições, de todos os exemplos e lembranças, a melhor coisa ele me ensinou foi sobre amor. Casado com Maria da Penha (a mulher mais linda do baile, como ele costumava dizer) por quase sessenta anos pode me ensinar e me mostrar a beleza de um amor verdadeiro. Quantos encontros de família que pude vê-los sentados lado a lado de mãos dadas no sofá de casa?
Ou mesmo andando pelas ruas, de mãos dadas. Um gesto que sempre me chamou a atenção, porque sempre resumiu esse amor. Um amor companheiro, carinhoso e fiel. Um tipo de amor raro hoje em dia, mas que eu espero seguir à risca, ao lado do meu amor. Quem conviveu com eles, ouviu–os se chamarem de “meu bem” ao longo de todos esses anos. Pois foi esse amor, de mais de 60 anos, passados lado a lado, ano a ano, que tive a honra de presenciar.
Então hoje, por mais que a dor de não tê-lo mais ao meu lado seja enorme, existe uma parte de mim que fica aliviada de saber que eles estão juntos novamente. Eternamente juntos, com amor e, certamente, de mãos dadas.
Um beijo vó, um beijo vô. Amarei vocês pra sempre. E obrigada por tudo.
OBRIGADA POR TUDO, VÔ.
Julia Contier Fares, por ocasião da missa de sétimo dia do falecimento de Luiz Contier, confrade e educador.
Luís Contier foi professor primário, diretor do Instituto de Educação Alberto Conte (1956), diretor do Departamento Municipal de Ensino (1970) e foi quem, pela primeira vez no Brasil, aplicou a experiência adquirida em curso realizado na França (1951) sobre as Classes Nouvelles. Além disso, foi sócio, tesoureiro e conselheiro da COLMEIA (Instituto a Serviço da Juventude), onde pode prestar inúmeros serviços à educação. Por vários anos foi professor de Língua e Teatro Francês da Escola de Arte Dramática de São Paulo, fundada e dirigida por Alfredo Mesquita, entre tantas outras atividades importantes.
Mas, para mim, ele foi muito mais do que uma referência na Educação. Ele foi meu avô e também meu pai, já que o meu faleceu quando eu tinha apenas 2 anos. E, que bom, que o vovô viveu até os 98 anos. Me compensou de todo o amor que poderia ter me faltado pela ausência do meu pai.
Esteve presente nos momentos mais importantes da minha vida. Recebeu os meus cartões de dia dos pais, brincou de escolinha comigo, me levou ao clube, para o sítio em Jundiaí, e embalou as minhas noites com histórias de noivas fantásticas.
Como é nítida a lembrança que eu tenho dele lendo o jornal em sua cadeira de balanço pela manhã, contando histórias de Paris, da importância da educação, da correspondência trocada com Piaget e dos seus tempos de redação de jornal.
No entanto, de todas as lições, de todos os exemplos e lembranças, a melhor coisa ele me ensinou foi sobre amor. Casado com Maria da Penha (a mulher mais linda do baile, como ele costumava dizer) por quase sessenta anos pode me ensinar e me mostrar a beleza de um amor verdadeiro. Quantos encontros de família que pude vê-los sentados lado a lado de mãos dadas no sofá de casa?
Ou mesmo andando pelas ruas, de mãos dadas. Um gesto que sempre me chamou a atenção, porque sempre resumiu esse amor. Um amor companheiro, carinhoso e fiel. Um tipo de amor raro hoje em dia, mas que eu espero seguir à risca, ao lado do meu amor. Quem conviveu com eles, ouviu–os se chamarem de “meu bem” ao longo de todos esses anos. Pois foi esse amor, de mais de 60 anos, passados lado a lado, ano a ano, que tive a honra de presenciar.
Então hoje, por mais que a dor de não tê-lo mais ao meu lado seja enorme, existe uma parte de mim que fica aliviada de saber que eles estão juntos novamente. Eternamente juntos, com amor e, certamente, de mãos dadas.
Um beijo vó, um beijo vô. Amarei vocês pra sempre. E obrigada por tudo.