Tradicional mensagem de final de ano do prof. Cordão
Todos os anos somos agraciados com uma mensagem do grande mestre e Academico da APE. Leia abaixo a que ele enviou neste final de 2023 para todos nós:
“Caríssimas e Caríssimos
Este ano de 2022, em todas as suas estações meio controversas, não foi nada fácil para ninguém. Cheguei até a pensar em não escrever mensagem alguma neste ano, mas comecei a ser cobrado por diversos amigos e amigas, me lembrando que eu acabei criando uma tradição neste século com estas reflexões de final de ano, logo após a passagem da primavera para o verão em nosso hemisfério, refletindo sobre o sentido das tradicionais festas natalinas e das comemorações da passagem de ano, com esperança de Paz, Realizações e Felicidades. Todas as pessoas amigas já sabem que para a Família Cordão e a Peabiru Educacional nenhuma dificuldade faz a gente desanimar ou “deixar a peteca cair”. Nossa teimosia ou resiliência faz com que a gente não desista de ninguém e de nada, sempre procurando criar uma boa razão para continuar laborando pela construção de um mundo plural cada vez melhor e mais justo, sempre batalhando pela existência da Educação com Qualidade e Equidade.
Realmente, já incorporamos como uma tradição, ver que esta época do ano chega sempre carregada de um certo misticismo, marcada como um momento propício para renovar esperanças, no sentido Freiriano da palavra esperança, não derivado do verbo esperar, desacompanhado do ato concretizador daquilo que se espera alcançar; mas oriundo do verbo esperançar, que exige efetiva ação para concretizar aquilo que se almeja alcançar, sem esmorecimento no meio do caminho. Esta é a razão que torna este momento uma boa oportunidade para refletir sobre a vida que levamos e os nossos propósitos para o Novo Ano que se inicia, com força sempre renovada, que possa se apre sentar efetivamente como um Ano Novo, para valer. Com todas as dificuldades que vivemos, este é mesmo o momento de retomada do otimismo, empunhando a bandeira da confiança nas possibilidades do futuro que se avizinha, na certeza de que o próximo ano será melhor e de que venceremos mais essa etapa de nossas vidas.
Estes festejos de passagem de ano acabam despertando em nós a real vontade de viver uma vida melhor, orientada pelo mote esperançoso de se “viver em Paz”. Tanto assim, que o primeiro dia do ano que nasce é mundialmente dedicado à Paz. Todos aspiram a Paz, não aquela que se identifica com a paz dos túmulos, mas aquela que tem origem na labuta do dia a dia, fruto do trabalho honesto e decente, que resulta numa vida centrada na solidariedade partilhada com amor. Julgo ser este o principal motivo da escrita do nosso poeta Drummond: “Para sonhar um Ano Novo que mereça esse nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo. Eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre”.
Para nós Cristãos, os festejos da passagem do ano começam no Natal de Cristo, o Filho de Deus que se faz homem como nós para a redenção da humanidade. O nascimento de Jesus em Belém de Judá representa o grande Presente de Deus para a humanidade. Por isso mesmo, o ponto central das comemorações do Natal está na celebração da lembrança do nascimento do Menino Jesus, que veio para trazer “Paz na terra aos homens de boa vontade”. Para festejar essa data simbólica do recebimento do Presente Divino, todas as pessoas são estimuladas a trocar presentes entre si e a festejar a data partilhando momentos de alegria, paz e felicidades. O Jesus Menino nos & eacute; apresentado sempre harmoniosamente feliz, com ar angelical e de braços abertos e estendidos, simbolizando, com esse amoroso gesto de acolhimento total, o quanto devemos estar disponíveis, à imagem Dele, para acolher e reconhecer o nosso próximo num gesto humilde de partilha, autenticidade, solidariedade, justiça e verdade.
Esta é a sabedoria que o Deus Menino vem nos ensinar todos os anos na noite de Natal, tanto para os seus seguidores, como para toda a humanidade. O Menino Jesus aponta para nós o caminho pelo qual podemos nos redimir da competição excludente, nos despertando para a Equidade e partilha solidária. Esse ensinamento divino é o nosso salvo-conduto para vencer a atual crise mundial, agudizada por uma longa pandemia sanitária e por significativas e agitadas mudanças no mundo do trabalho e na prática social, em um século marcado pela complexidade e pela alta tecnologia, bem como pela pluralidade e desigualdade. Neste contexto de esperança e desesperança, o Deus Menino está mostrando p ara nós que o ser humano pode ser eterno e sempre lembrado e reconhecido, mas apenas naquilo que ele comunica e partilha, esperançoso na amorosidade, no diálogo e na escuta permanente. Aquilo que a pessoa egoisticamente acumula e guarda só para si, não vai servir significativamente para nada. Na narrativa dos Evangelhos, esse ato inútil é comparado com o sal que não salga e a luz que não ilumina. Por isso mesmo, acaba se tornando um ser descartável e facilmente esquecido. Com essa fútil ganância e egoísmo, o ser humano acaba acumulando inutilidades cuja ilusão não engrandece a humanidade. Entretanto, naquilo que ele partilha e comunica com a humanidade, respeitando os seres da terra sobrevive à sua morte. Apenas com esse generoso comportamento se torna eterno, porque soube viver com alegria e sabedoria.
Esta é a Mensagem que a Família Cordão e a Peabiru Educacional está querendo partilhar neste momento de comemorações do Natal e de passagem para o Ano de 2023 com todos os seus Familiares, Amigas e Amigos, bem como com todas as pessoas que compartilham experiências e reflexões com a Peabiru Educacional. Nesta oportunidade, formulamos nossos melhores Votos de Boas Festas, desejando a todas as Pessoas Amigas um Feliz Natal e um Esperançoso e Feliz Ano Novo, que seja realmente um Novo Ano, Pleno de Alegrias, Saúde, Paz, Felicidades, Realizações Exitosas e Educação com Qualidade e Equidade.
São Paulo, Natal e Ano Novo.
Maria Salete e Francisco Aparecido Cordão
Família Cordão e Peabiru Educacional”