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Analfabetismo: Raiz da Crise.

By suporte
24 de maio de 2013
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ANALFABETISMO: RAIZ DA CRISE

Paulo Nathanael Pereira de Souza, Doutor em Educação e Presidente da
  Academia Paulista de Educação.

Como educador preocupado com a extensão e a profundidade da atual crise educacional brasileira, abro este seminário, no qual se pretende discutir o fracasso generalizado dos processos de alfabetização, hoje em uso no Brasil. Pode ser que aí esteja uma das causas principais dos calamitosos resultados que a escola básica brasileira vem apresentando nos últimos cinqüenta anos, quando os diversos processos de avaliação demonstram: 1º) Que o Brasil ainda abriga uma inaceitável massa de analfabetos em estado puro; 2º) Que um imenso contingente dos considerados alfabetizados, ao se escolarizarem, apenas transitaram do analfabetismo absoluto para o analfabetismo funcional. Trata-se de um novo câncer que bloqueia a capacidade mínima dos alunos de ler compreensivamente e escrever com capacidade comunicativa e correção gramatical. Aliás, no próprio ensino superior brasileiro, de cada 10 alunos, 4 são comprovadamente analfabetos funcionais (imaginem a quanto irá esse desastre, agora que a política de cotas tomou conta das universidades). Ora, se a alfabetização bem feita deve ser entendida como o pré requisito indispensável de toda a aprendizagem inicial, como esperar bons resultados nos ensinos fundamental e médio, e como obter bom proveito para o desenvolvimento e a boa prática democrática do país, com esses pífios números estatísticos do aproveitamento escolar das gerações presentes e futuras? É só ler o Anuário Brasileiro da Educação Básica (2012), editado pelo MEC, para constatar que o país traz em seu seio, como se foram duas chagas dolorosas, 14 milhões e cem mil analfabetos puros entre pessoas na idade escolar e já adultas, e mais 57 milhões, (a saber, 31% da população total) de analfabetos funcionais. Isso faz com que, nas mais recentes medições mundiais do IDH (Índice de Desenvolvimento Urbano), o Brasil tenha ocupado um dos últimos lugares da fila. Ou que, na avaliação da OCDE (Escala Pisa) sobre aproveitamento escolar de jovens de 15 anos, nas disciplinas de matemática, vernáculo e ciências, estejamos atrás do Uruguai, do Chile e do México, sem falar que há países africanos na nossa frente.
Na raiz dessa monumental crise de desempenho escolar, está, sem dúvida alguma, a nossa comprovada incapacidade de bem alfabetizar as novas gerações. E por isso, certamente, iremos no futuro pagar um preço exorbitante.
Face a tão grave situação decidiu a academia organizar o presente Seminário, convidando para nos ajudar a refletir sobre o problema, as notáveis educadoras Stela Piconez e Josefina Valentini de Santi, que teremos o prazer de ouvir logo em seguida. Quanto às causas dessa crescente dificuldade para alfabetizar, parece-me que as mais evidentes poderão ser: 1º) as mudanças acarretadas pelas metamorfoses culturais havidas na ascensão social das massas urbanas; 2º) o impacto didático trazido pelos avanços eletrônicos da comunicação; 3º) a crescente desestruturação das famílias; 4º) os condicionamentos teóricos sugeridos pelas Diretrizes Curriculares da Educação Básica, que vieram substituir as antigas técnicas de alfabetizar, ensinadas nas falecidas Escolas Normais, pelas discussões sem fim (e, diga-se de passagem, também sem resultados práticos), de doutrinas sociológicas e lingüísticas, travadas em torno da natureza do letramento na aprendizagem das primeiras letras.
Claro que deste encontro não levaremos soluções precisas sobre como superar esses impasses. Mas é certo que da troca de idéias que aqui se vai ter, sairemos mais enriquecidos sobre os possíveis motivos da tragédia em que se converteu a educação nacional, em grande parte, por culpa da desalfabetização.

Bom proveito a todos e obrigado pela presença.

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