Academia Paulista de Educação

Main Menu

  • A Academia
    • Apresentação
    • Diretoria Atual – 2023 a 2026
    • Quadro de Benedito Calixto
    • Velha Guarda
    • Medalha da Academia
    • Hino
    • Estatuto
  • Acadêmicos
  • Membros
    • Honorários
    • Beneméritos
    • Correspondentes
  • Notícias
  • Eventos
  • Artigos
  • Estudos e Pesquisas
  • Revista APE
  • Fotos
  • Contato

logo

Academia Paulista de Educação

  • A Academia
    • Apresentação
    • Diretoria Atual – 2023 a 2026
    • Quadro de Benedito Calixto
    • Velha Guarda
    • Medalha da Academia
    • Hino
    • Estatuto
  • Acadêmicos
  • Membros
    • Honorários
    • Beneméritos
    • Correspondentes
  • Notícias
  • Eventos
  • Artigos
  • Estudos e Pesquisas
  • Revista APE
  • Fotos
  • Contato
ArtigosNotícias
Home›Informações›Artigos›Artigo – Teto de vidro na universidade pública: por que somos tão poucas?

Artigo – Teto de vidro na universidade pública: por que somos tão poucas?

By prof. Hubert
6 de abril de 2024
376
0

Meninas e mulheres na ciência são cruciais para a melhoria da vida em sociedade e para o desenvolvimento sustentável. E isso não tem nada que ver com paternalismo

por Nina Ranieri

Dois dados e um relato pessoal: segundo dados da Unesco, as mulheres representam 33,3% de todos os pesquisadores no mundo e apenas 12% delas são membros de academias científicas nacionais. Entre bolsistas da Capes, 58% são mulheres, mas elas somam apenas 7% no comitê de seleção da Academia Brasileira de Ciências (ABC), a mais alta instância entre os acadêmicos. Em 2022, Helena Nader se elegeu presidente da ABC: a primeira mulher a ocupar o cargo em 105 anos de existência da entidade.

Agora, o relato pessoal: na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), onde leciono há mais de 20 anos, somos apenas 24 dos 148 docentes. No recorte de professores titulares, o topo da carreira, são apenas duas – com tendência de baixa em razão de aposentadorias.

Fundada em 1827, mais de cem anos depois (em 1940) a Faculdade de Direito da USP teve sua primeira professora. Hoje, está bem abaixo dos 28% da média global para as áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática – historicamente o segmento em que as mulheres são absoluta minoria. A que se deve essa situação? Seria a Faculdade de Direito da USP mais resistente à incorporação das mulheres em seus quadros? De forma alguma! As alunas são maioria nos cursos de graduação e de pós-graduação, mas essa vantagem não se reflete nos concursos docentes.

A disparidade resiste, o que não ocorre por acaso, mas transmite uma mensagem de discriminação e falta de diversidade, negativa e prejudicial para a presente e as futuras gerações, além de ter consequências na forma como são preparadas as alunas para lidar com os conflitos sociais, objeto da profissão.

Contra a corrente, nos últimos anos, nós, professoras e professores do Largo São Francisco, temos feito muito para reverter essa situação. Um breve resumo: houve modificações na regulamentação dos concursos docentes, passou-se a exigir a participação de 25% de mulheres, pelo menos, em todos os eventos; foram criadas a ouvidoria de gênero e a comissão de esforço contra o preconceito, hoje integrada à comissão de inclusão e pertencimento. Temos disciplinas de pós-graduação e graduação dedicadas às relações entre o Direito e a equidade de gênero, além de grupos de pesquisa e de extensão voltados a essa temática, com produção bibliográfica publicadas pela Unesco. Além disso, estamos finalizando o projeto da galeria de fotos das professoras, para registro das cerca de 40 docentes que até hoje lecionaram nas Arcadas, e não figuram em seus corredores e salas.

É apenas o início. Falta muito. Esta é uma questão que deve ser enfrentada sobretudo como um problema político que merece análise. As práticas que alimentam a discriminação e a ausência de mulheres na academia e na ciência estão internalizadas, normalizadas e, portanto, são pouco visíveis. Meninas e mulheres na ciência são cruciais para a melhoria da vida em sociedade e para o desenvolvimento sustentável. E isso, vale ressaltar, não tem nada que ver com paternalismo.

_______________________________________

Titular da Cadeira 16 da Academia Paulista de Educação, professora associada da Faculdade de Direito da USP e coordenadora da Cátedra UNESCO de Direito à Educação. Artigo originalmente publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo

  • Revista APE

    Revista N° 7 – Ano 6 – Março 2016

    Revista Academia Paulista de Educação N° 7 Ano 6 – Março 2018
  • Revista APE

    Revista N° 6 – Ano 5 – Novembro 2016

    Revista Academia Paulista de Educação N° 6 Ano 5 – Novembro 2016
  • Revista APE

    Revista N° 5 – Ano 4 – Setembro 2015

    Revista Academia Paulista de Educação N° 5 Ano 4 – Setembro 2015
  • Revista APE

    Revista N° 4 – Ano 3 – Agosto 2014

    Revista Academia Paulista de Educação N° 4 Ano 3 – Agosto 2014
  • Revista APE

    Revista N° 3 – Ano 2 – Agosto 2013

    Revista Academia Paulista de Educação N° 3 Ano 2 – Agosto 2013
  • Revista APE

    Revista N° 2 – Ano 1 – Novembro 2012

    Revista Academia Paulista de Educação N° 2 Ano 1 – Novembro 2012
  • Revista APE

    Revista N° 1 – Ano 1 – Janeiro / Março 2012

    Revista Academia Paulista de Educação N° 1 Ano 1 – Janeiro/Março 2012
logo

Sede:
Rua Tabapuã, 500, Conjunto 42 - Itaim Bibi
São Paulo - SP
CEP 04533-001

Telefones:
2883-6154 e 2574-4523

E-mail:
contatogeral@apedu.org.br ou presidencia@apedu.org.br

  • A Academia
    • Apresentação
    • Diretoria Atual – 2023 a 2026
    • Quadro de Benedito Calixto
    • Velha Guarda
    • Medalha da Academia
    • Hino
    • Estatuto
  • Acadêmicos
  • Membros
    • Honorários
    • Beneméritos
    • Correspondentes
  • Notícias
  • Eventos
  • Artigos
  • Estudos e Pesquisas
  • Revista APE
  • Fotos
  • Contato
  • Home
© Copyright Academia Paulista de Educação
Midiamix Editora Digital