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Artigo – São Paulo é rica, mas tem educação paupérrima

By prof. Hubert
3 de fevereiro de 2025
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Apesar de um orçamento robusto, a falta de políticas eficazes resulta em evasão e repetência entre os alunos

por Reinaldo Polito

Alguma coisa está muito errada. Como pode uma cidade ter arrecadação elevadíssima e amargar índices sofríveis na educação? Se o problema não é falta de dinheiro, o que pode estar atravancando o desenvolvimento educacional? Esse é um bom tema para a reflexão de todos nós.

Há décadas, sou membro-titular da Academia Paulista de Educação. Exerci a presidência dessa respeitável instituição e hoje sou presidente-emérito. Todos os 40 membros desse prestigiado centro de debates ocupam ou ocuparam funções de destaque no cenário educacional. Entre eles, estão reitores de importantes universidades, ex-ministros e ex-secretários estaduais responsáveis por pastas da educação.

Desde sua fundação, o objetivo da Academia tem sido promover debates e desenvolver estudos que contribuam para o aprimoramento da educação em São Paulo e no Brasil. Realizamos incontáveis seminários, palestras, conferências e publicações técnicas sobre os mais variados temas ligados ao ensino.

A responsabilidade é de todos

Por isso, vemos com perplexidade os indicadores que revelam o fracasso de nossas políticas educacionais. Um dos mais recentes levantamentos é estarrecedor. Os dados expõem a ineficiência dos programas implantados em nossas escolas. Não se trata de apontar culpados isolados, mas de reconhecer a responsabilidade compartilhada por todos os envolvidos no processo: gestores públicos, educadores, famílias e a sociedade como um todo. Vamos aos números.

O Brasil sempre ocupou as últimas posições nos rankings mundiais de educação. Esperava-se, no entanto, que a capital paulista, dada sua importância no contexto nacional, fosse um farol de esperança nesse cenário desolador. Lamentavelmente, não é o que acontece. Pelo contrário, São Paulo aprofunda ainda mais essa crise.

Estatísticas desoladoras

O levantamento do Ministério da Educação desfez qualquer expectativa de orgulho para os paulistanos. Os números reforçam o quadro tenebroso em que nos encontramos. Apenas 37,9% dos alunos de 7 anos estão alfabetizados em 2023. Um resultado preocupante, que exige reflexão imediata.

Alguns poderão argumentar que se trata de um problema nacional e que, para compreender a dimensão do estudo, é necessário comparar os dados com os de outros estados. De fato, essa avaliação isolada pode não refletir a realidade do país como um todo. Quando, todavia, colocamos São Paulo em perspectiva, a situação se torna ainda mais grave: a capital paulista ocupa a 21ª posição entre as capitais analisadas.

Bem abaixo da média

Esse desempenho decepcionante contrasta com a média nacional de 56% e com os resultados de regiões historicamente mais carentes, como Fortaleza, que alcançou 74%. A diferença é tão abismal que desafia qualquer explicação lógica.

Como explicar que um estado tão rico e desenvolvido como São Paulo apresente resultados tão abaixo do esperado? O município dispõe de recursos financeiros robustos, com uma receita de R$ 126 bilhões em 2023. É um orçamento que permitiria, sem dúvida, a implementação de políticas educacionais eficazes. O que vemos, porém, é um desperdício de oportunidades, com consequências que se estenderão por anos.

As causas de evasão e repetência

O fraco desempenho dos alunos nos primeiros anos escolares terá impacto direto em sua trajetória educacional. Sem uma base sólida, esses estudantes terão dificuldades para acompanhar as matérias da grade curricular nos anos seguintes. A consequência natural será o aumento da evasão escolar e da repetência. Desmotivados e sem compreender o conteúdo ministrado, muitos jovens abandonarão os estudos.

Enquanto o mundo avança em ritmo acelerado, impulsionado pelo desenvolvimento tecnológico, o Brasil parece caminhar a passos de tartaruga. Em um momento em que a qualidade intelectual é essencial para competir globalmente, estamos ficando para trás. E o futuro não reserva perspectivas animadoras se não agirmos agora.

Falta vontade política

A solução passa, necessariamente, pela vontade política. Com os recursos disponíveis, é possível implementar um plano competente e exitoso, cobrando de todos os envolvidos responsabilidade e comprometimento com a educação de nossas crianças e jovens. A frase pode parecer desgastada, mas nunca foi tão verdadeira: esses meninos e meninas são o futuro do nosso país.

Se não investirmos em uma formação de qualidade para essa geração, não há como esperar um futuro promissor. Temos tempo e recursos financeiros. O que parece faltar é comprometimento por parte de nossos governantes. Ouvimos promessas de iniciativas que poderiam reverter esse quadro, mas cabe a nós, cidadãos, cobrar sua implementação efetiva.

Se continuarmos a ignorar o problema, como avestruzes que escondem a cabeça na terra, amanhã não teremos a quem culpar, além de nós mesmos. A hora de agir é agora. O futuro do país depende da educação que oferecemos hoje.

___________________________________

Reinaldo Polito é Presidente Emérito da Academia Paulista de Educação. Mestre em Ciências da Comunicação e professor de oratória nos cursos de pós-graduação em Marketing Político, Gestão Corporativa e Gestão de Comunicação e Marketing na ECA-USP. Escreveu 36 livros com mais de 1,5 milhão de exemplares vendidos em 39 países. Artigo publicado originalmente no jornal Diário de S. Paulo

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