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Dia do Professor

By prof. Hubert
13 de outubro de 2024
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por Walter Vicioni Gonçalves *

“Fotografar é colocar na mesma linha, a cabeça, o olho e o coração.”, Henri Cartier-Bresson

No início de 2018, o Instituto Moreira Salles apresentou uma mostra de fotografias do malinês Seydou Keita (1921-2001). Colônia francesa, o Mali fazia parte do Sudão Francês até obter sua independência em 1960. As 130 fotos exibidas na exposição foram tiradas na capital Bamako, entre 1948 e 1962 e mostram, na fisionomia dos retratados, um sentimento de posse do país. Possivelmente da própria história e identidade.

Carpinteiro como o pai, Seydou sempre se mostrou habilidoso com as mãos. Foi, contudo, ao ganhar uma pequena máquina fotográfica Kodak de um tio que ele descobriu sua vocação. A verdadeira. Diferentemente de hoje, com o fotógrafo Seydou eram apenas “uma pose e um clique”, que revelassem, em preto e branco, a mais bela imagem dos retratados, devido ao elevado custo dos materiais à época. Saber fazer, com os recursos de que se dispõe, é um saber essencial à vida.

O estúdio de Seydou ficava perto da estação ferroviária de Bamako, e suas fotos revelam o vestuário e o gosto dos visitantes de passagem pela capital, desejosos de parecerem em sintonia com costumes europeus. Um único clique revelava a graça e a elegância  que nem eles acreditavam ou sabiam possuir.

Na busca inconsciente talvez daquilo que Cartier-Bresson chamou de “instante decisivo”, quando os elementos visuais e emocionais se encaixam harmoniosamente no eixo cabeça, olho e  coração. Coincidência ou não, o francês também recebeu de presente quando menino uma máquina fotográfica Box Brownie, brinquedo que marcaria sua vida para sempre.

A vida são os talentos descobertos, nas palavras do consultor de educação Ken Robinson. De maneira análoga, em suas “Lições Finlandesas”, Pasi Sahlberg escreve que “o propósito da escola deveria ser ajudar cada aluno a descobrir seu próprio talento”. Nem todos têm ou tiveram um tio para lhes dar um brinquedo que revelasse tal paixão, mas quantos de vocês, caros professores, não foram responsáveis por ajudar um aluno a encontrar, descobrir, identificar a própria vocação?

Quantas vezes não vivenciamos aquele momento único para fazer a diferença na vida de um aluno e, de cabeça, olho e coração uma única pose, um único clique, nós o ajudamos a “sair bem na foto”? A encontrar uma razão para sua existência. Quantos de nós, igualmente, não tivemos um professor que nos revelou o mundo? Que nos ajudou encontrar nosso tesouro escondido?

Talentos, dons, tesouros escondidos, dá na mesma. A escritora americana Elizabeth Gilbert tem uma frase magistral sobre o tema, em seu livro “Grande Magia”. “Acredito que somos todos repositórios ambulantes de tesouros escondidos e uma das peças mais antigas e generosas que o universo vem pregando em nós, seres humanos, é que ele enterra estranhas joias bem no fundo de todos nós, depois se afasta e fica observando, para ver se conseguimos encontra-las”.

Neste dia do Professor, estimado mestres, eu desejo que vocês saibam reconhecer e aproveitar os momentos decisivos que a vida lhes oferece e, de cabeça, olho e coração, possam entender, numa pose ou num clique, o significado de sua existência. Que vocês encontrem os tesouros escondidos dentro de si e que possam, com igual sabedoria, ajudar seus alunos a descobrir os deles, a tomar posse da própria história, de seu destino, de sua identidade. Como nos ensinam as lições finlandesas e as fotos de Seydou Keita. Como nos ensina a vida.

(*) Walter Vicioni Gonçalves é Titular da Cadeira 36 da Academia Paulista de Educação.

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