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Doutoramento: “Quo Vadis?”

By suporte
10 de abril de 2012
689
0

DOUTORAMENTO: “QUO VADIS?”
Flavio Fava de Moraes, 2012

Este é o título que B.H. Kelm (2009) dedicou ao interessante tema do doutoramento que

embora visto como uma etapa acadêmica é pleno de heterogeneidades nem sempre conhecidas.
Conceitualmente a formação de doutores é consequência de diferentes políticas para um

determinado país ou até para políticas continentais (caso da Europa com o Tratado de

Bolonha para Educação Superior e da Estratégia de Lisboa para a Pesquisa e Inovação).
O trabalho enfocou algumas questões dentre as quais:

A – Opiniões críticas dos doutorandos em geral 
  são treinados e educados limitadamente
 faltam qualidades chaves tais como ser colaborador e trabalhar em equipe.
 ausência de habilidades organizacionais e administrativas
  mal preparados para ensinar
  tempo de formação muito longo
  mal informados sobre empregabilidade fora da academia
  hiato muito longo entre doutorado e emprego
  falta de regulação  para  doutorado  em  tempo  integral  ou parcial
  falta transparência no recrutamento, seleção e admissão de candidatos adequados
  a questão do financiamento
  qual é o “status” de um doutorando: é um estudante ou um Pesquisador Junior iniciando

carreira profissional?
  alto grau de dependência do orientador
  elevado índice de evasão
  idade avançada na titulação

B – Formação de Capital Humano: Tipos de Doutoramento
1. Doutorado de Pesquisa: é uma credencial de entrada para a carreira acadêmica após

desenvolver uma tese que identifique contribuição incremental de novo

conhecimento para uma determinada área do saber. Desenvolve também um raciocínio crítico,

gera idéias e transfere seu cabedal pela escrita, pelo ensino e pela aplicação.

2. Doutorado de Ensino: tem forte participação em trabalhos de cursos para contribuir

ou gerar novos conhecimentos pedagógicos.

3. Doutorado por Publicações: representado por uma coletânea de trabalhos já

publicados que deverão ser apresentados de forma coerente e objetiva demonstrando

contribuição científica cumulativa. É preciso considerar a época, identificar a natureza

científica e a repercussão das publicações utilizadas.

4. Doutorado Profissional: diferente dos anteriores é destinado às áreas profissionais

tais como engenharia, administração, medicina, assistência social, etc… com “tese”

destinada a ser menos acadêmica e com aplicação extra-universitária.
   Em geral é alternativa usada por portadores de larga experiência

profissional na sociedade e capazes de identificar propostas de interesse no seu ramo de

atuação.

5. Doutorado pela Prática: Muito comum do Reino Unido/Austrália é quase exclusivamente

para a área de Artes e Design. Sua obra ou projeto é substitutiva de tese mas não exclui

fundamentação analítica para demonstrar avanço no respectivo conhecimento da área.

6. Doutorado Integrado: é destinado principalmente a pós-graduandos internacionais com

a integração de 3 elementos: a) pesquisa metodológica especializada; b) transferência de

habilidades e c) tese disciplinar ou interdisciplinar. Conhecido também como “doutorado

rápido” (fast-track PhD). Este tipo induz estudantes talentosos ao doutorado direto após

graduação.

7. Doutorado Sanduíche: Programa conjugado entre duas ou mais Universidades no mesmo

país ou em diferentes países. De modo geral os países líderes em ciência e tecnologia são

os mais procurados para esta modalidade. Ademais, vários deles possibilitam a dupla

certificação do título além da manutenção do intercâmbio e formação de redes transnacionais

com mútua vantagem tanto para a mobilidade de especialistas quanto para melhorar a

visibilidade institucional. Não evita o risco de que melhores talentos, face ao mundo

competitivo, não sejam “seduzidos” a optarem por uma das partes envolvidas (o que existe

também nos outros tipos citados).

Contudo o doutoramento também merece críticas ou preocupações acadêmicas tais como:
 quem não obtém doutorado com pesquisa por mais competência que possua, é tido como um

doutor de menor expressão.
  examinadores têm apontado teses com fraqueza metodológica, má apresentação, falta de

profundidade intelectual, de coerência, de discussão da literatura, etc…
  os novos tipos de doutorado pecam por falta de “identidade”
  há proliferação de títulos de doutor com aumento de tipos e modelos (banalização?!).
  melhorar critério para seleção e admissão de candidatos
  equacionar a questão do financiamento da pós-graduação
  deve ser mais seletiva e não massiva o que trará boa reputação para  a instituição e

“atrairá” talentos e recursos com forte repercussão para o avanço da área.
Em síntese é relevante a pergunta: O que é um Doutor?
“É o que foi preparado para a pesquisa desenvolvendo uma crítica curiosidade intelectual e

tratando de modo adequado os seus projetos com ética, honestidade e liberdade para o avanço

do conhecimento especializado. É o que adquiriu capacitação destinada a resolver problemas,

assumir múltiplas responsabilidades, flexibilidade interdisciplinar, visões empreendedoras

e, em particular, conquistar o início de uma exitosa carreira acadêmica e/ou profissional”.
É o que a realidade nos mostra, majoritariamente, mas há sérias questões ainda pendentes!

Já publicado no Jornal da Fundação Faculdade de Medicina/Agosto-2011.

Prof.Dr. Flavio Fava de Moraes
Diretor Geral da FFM e Professor Emérito do 
Instituto de Ciências Biomédicas – USP
Acadêmico da Academia Paulista de Educação – Cadeira nº 1
Foi: Reitor da USP e
Diretor Científico da FAPESP

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