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Artigo – Três mestras e o legado da força feminina

By prof. Hubert
10 de fevereiro de 2025
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Marina Colasanti

por Hubert Alquéres

Nos últimos dias, o Brasil despediu-se de três mulheres admiráveis: Léa da Cruz Fagundes, Marília de Andrade e Marina Colasanti. Cada uma, em suas respectivas áreas, deixou marcas profundas na educação, na arte e na literatura.

Suas trajetórias não são apenas um testemunho de realizações individuais, mas um reflexo da garra das mulheres brasileiras, que enfrentam as adversidades de uma sociedade desigual para construir um legado de resistência e transformação.

Léa da Cruz Fagundes

A professora Léa da Cruz Fagundes, emérita da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, dedicou mais de seis décadas ao ensino e à pesquisa. Com formação em Pedagogia e Psicologia, destacou-se à formação de professores e à investigação dos processos de construção do conhecimento. Nos últimos 40 anos, seu foco esteve na integração das tecnologias digitais na educação, especialmente no desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras para a formação de docentes e estudantes da educação básica. Sua atuação no Laboratório de Estudos Cognitivos (LEC) da UFRGS foi crucial para avanços significativos no uso de ferramentas digitais no ensino, sempre com o objetivo de democratizar o acesso ao conhecimento e promover a inovação educacional.

Marília de Andrade

Já Marília de Andrade, filha do modernista Oswald de Andrade, destacou-se não só no campo artístico, mas também como defensora das causas feministas e das questões de gênero. Seus trabalhos acadêmicos, publicados nos Cadernos de Pesquisa da Fundação Carlos Chagas, demonstram como os estereótipos culturais limitam o desenvolvimento das crianças, especialmente no que diz respeito aos comportamentos considerados “apropriados” para cada sexo. A partir desses estudos, realizou, com Eliane Bandeira, três filmes premiados sobre o impacto desses estereótipos. Marília também liderou projetos culturais importantes, como documentários sobre artesãs em comunidades pobres do Nordeste, onde evidenciou seu compromisso com a promoção da igualdade e a valorização do papel da mulher na sociedade.

No campo da dança, Marília foi uma figura central. Formada em Psicologia, dedicou-se desde cedo a essa área, atuando como intérprete, coreógrafa e pesquisadora. Em 1981, ingressou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde foi fundamental na criação do Departamento de Artes Corporais e do curso de Graduação em Dança. Seus espetáculos, como Impressões Brasileiras, homenagearam personalidades da nossa cultura e buscaram resgatar uma linguagem nacional para a dança, refletindo sua visão de que a arte pode ser um veículo de crítica social e celebração das raízes culturais brasileiras.

A escritora, tradutora e jornalista, Marina Colasanti, construiu uma carreira literária que atravessa gêneros e gerações. Autora de contos, poesias e literatura infantil, recebeu prêmios como o Jabuti, consolidando-se como uma das principais figuras da literatura contemporânea no Brasil. Sua escrita, marcada pela sensibilidade e profundidade, explora temas como o amor, a solidão e os dilemas da condição humana, sempre com uma linguagem lírica e envolvente. Marina também foi uma voz proeminente no feminismo brasileiro, utilizando sua literatura para questionar estereótipos e promover a emancipação feminina. Suas obras não apenas abordam a opressão e a busca por autonomia, mas inspiram gerações de mulheres a reconhecerem seu valor e lutarem pelos seus direitos.

A vida dessas três mulheres simboliza a força de tantas outras que, apesar das barreiras impostas pela desigualdade de gênero e pela falta de oportunidades, conseguem se destacar em diferentes áreas do conhecimento e da cultura. O exemplo de Léa, que transformou a escola por meio da inovação tecnológica; de Marília, que aliou arte e ativismo em prol da igualdade de gênero; e de Marina, que usou a literatura como meio de emancipação e questionamento, nos ensina que as barreiras podem ser superadas com resiliência, determinação e compromisso.

Elas são prova de que é possível transformar realidades e são inspiração para todos que buscam um Brasil mais inclusivo e rico em expressões culturais.

Ao celebrarmos suas vidas, reconhecemos a importância de suas contribuições e reafirmamos nosso compromisso em continuar o seu legado.

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